segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Quê.

Às vezes eu me sinto como se eu não pertencesse a esse mundo, me vejo sozinho, incomum, ausente... Tudo circulando a sua volta sem curvas, tudo acontecendo e eu sem nenhuma reação, sem emoção. Eu sei da minha insignificância, sei da minha desimportância, mas não me acostumei com a idéia de morrer e deixar tudo para trás.
Meu nome? Prefiro esquecer, ele é mera formalidade, vivemos em um mundo ético e formal, onde os loucos são os mais conscientes dessa condição de vida e seguem suas idéias, por isso são loucos, seguem uma verdade, que para nós, até então, parece mentira.
De que adianta eu existir? Produzir? Evitar? Somos só carne e ossos, só... Qualquer cachorro com fome come isso... Somos o antecessor de um adubo, adubo sem uso...
Destruir idéias não é permitido nas nossas regências, quem cria idéias não são os sãos, quem segue se declaram sãs, quem quebram elas, são os loucos varridos.
Sinto-me preso em minha mente, vaga de sentimentos, vivendo entre janelas e portas de concreto.
Ouço o telefone tocar, mas ninguém me liga, ninguém responde ninguém atente aos meus pedidos de socorro, quero sair deste meu universo, quero conhecer alguém. Sou a evidência da solidão, mas não por opção, sou forçado a conviver com minha inconsciência e a esperar que algo aconteça para eu reagir, mas ninguém age, logo não há reação.