quarta-feira, 27 de agosto de 2008

5 Minutos.

O que são 5 minutos?


É outro ônibus:

Outro trocador,

Novos rostos,

Refugio dos atrasados,

Pódio dos adiantados.


É a vida:

Tempo para nunca esquecer,

Tempo para tentar esquecer,

Uma saudade,

Uma mentira acreditada,

Uma verdade inconveniente,

Uma realidade ocultada.


Sentimentos:

Não parar de rir,

Não parar de chorar,

Abraços não dados,

Abraços apertados,

Lágrimas com risos,

Risos com lágrimas.


O mundo:

Incorfomados inoperantes,

Penas executadas,

Inocentes sacrificados,

Delinqüentes poupados,

Revoluções sem idéias,

Revoluções sem guerra,

Um ato no teatro,

Uma cena no cinema.


5 Minutos...

A ultima música dos heróis,

O primeiro som dos desafinados.

Seu Tempo.

Sem Dignidade, Reina Impunidade.

Dispersos no dinheiro, homens
Inconformados, intolerantes
Reclamam de tudo, nunca souberam de onde vem
Não conhecem a vida, e dela vivem distantes
São banhados em ouro
Nunca tiveram no couro
O vermelho, o sangue
Organizam-se em gangues
São bandidos de si, são delinqüentes de nós
Se ninguém for por mim, ninguém desatará os nós
Ficarão presos na guerrilha
Serão mais um em uma numerosa quadrilha.


Olhe, Ela Sofre.

Aflita escreve a menina
De olhos marejados descreve a vida
Tão bela, tão rica
Para muitos é uma ilusão
Ela é pobre e sofrida
Porque nem todos podem ter um coração.


Ter Coração Próprio.

Eu não quero ser mais a sua sombra
Enganado e manipulado
Muitas vezes não notado
Estou cansado de ter nada mais que as sobras
O que restou da sua imperfeição
Ta na hora de cada um ter seu próprio coração.


Sono Gripado.

O som do ronco,
Só mais um ronco.
Múrmuros zonzos.
Passos ofegante.
Em outro instante
Nem um grunhido
Catarro desce,
O som desperta.



Mero Voluntário.

Não cita o homem
O que sentes?
Não aceita que todo homem
Vive em função dos parentes
Se revoltar, se amargurar.
Decide a vida sem citar.


Mayara.


O mundo é a dádiva da demência
De Hitler a Aviões
Agora senta que é de menta
Lavando sangue n'água da chuva
Sangue de bicha e de puta
Banhado em chuva ajoelha e curta
Agora chupa que é de uva
E sem sentir minha facada
Leva lapada na rachada.


Mentes Criminosas.

Muito ficou no passado,
Agora virá me buscar,
Apresentar a mim um estado,
Onde não vou querer ficar,
Afundado na vergonha.
Idolatro e agradeço a peçonha,
Sem arrependimento nem vaidade,
Sentir orgulho de ser criminoso.
Desde os 16 anos de idade.
Reinando meus passos, me sentirei poderoso.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Quê.

Às vezes eu me sinto como se eu não pertencesse a esse mundo, me vejo sozinho, incomum, ausente... Tudo circulando a sua volta sem curvas, tudo acontecendo e eu sem nenhuma reação, sem emoção. Eu sei da minha insignificância, sei da minha desimportância, mas não me acostumei com a idéia de morrer e deixar tudo para trás.
Meu nome? Prefiro esquecer, ele é mera formalidade, vivemos em um mundo ético e formal, onde os loucos são os mais conscientes dessa condição de vida e seguem suas idéias, por isso são loucos, seguem uma verdade, que para nós, até então, parece mentira.
De que adianta eu existir? Produzir? Evitar? Somos só carne e ossos, só... Qualquer cachorro com fome come isso... Somos o antecessor de um adubo, adubo sem uso...
Destruir idéias não é permitido nas nossas regências, quem cria idéias não são os sãos, quem segue se declaram sãs, quem quebram elas, são os loucos varridos.
Sinto-me preso em minha mente, vaga de sentimentos, vivendo entre janelas e portas de concreto.
Ouço o telefone tocar, mas ninguém me liga, ninguém responde ninguém atente aos meus pedidos de socorro, quero sair deste meu universo, quero conhecer alguém. Sou a evidência da solidão, mas não por opção, sou forçado a conviver com minha inconsciência e a esperar que algo aconteça para eu reagir, mas ninguém age, logo não há reação.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sistema.

Não sou escravo,nem você é o patrão.
Eu sou a mosca que vai pousar no teu pão.
Eu sou o filho de mais um sistema frágil
Cheio de furos, crimes, injustiça e plágios.

Sou de um país que ganha com a ignorância
Que não tira dessa mesa
Quem só pensa na elegância.

E esse povo que não tá na vigilância
Que paga a mim essa dureza.
Quero acabar com a tolerância.

Eu não agüento mais o parlamento,
Cala do povo suas dores,
Que não sabe os valores,
Que o ser humano tem.

Eu quero ver por um momento,
A perfeição que eu invento,
Tomar de conta do país.

Quero ver a elegância,
Tirar do peixe as escamas,
Nos dar na boca o filé.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Não Quero Te Esquecer.

Meus pés não negam de onde vim,
Sofri na vida os passos gigantes mal andados,
Movido pela ganancia que me fez assim,
Não sou completo, sou um sonhador mal aventurado.

Inspiração não me falta,
Pois como o poeta me ensinou,
Afortunado aquele que escreve em paltas,
Palavras lindas de um amor que não acabou.

Em minhas reflexões, questiono minhas lembranças,
Tentar esquecer o que se quer lembrar não é para mim
A forma mais sincera de declarar minha desesperança,
Não deixarei uma história linda acabar assim.

Intacta nos sonhos, intactas no passado, eu sei um dia que fui amado.

Para você, meu primeiro amor, meu amor próprio.

Eu Posso Fazer A Diferença.

Tenho a minha base ideológica mas minhas idéias costuma sofrer metamorfoses.
Criei para mim uma carapaça dura, um casulo, para me proteger do mundo, mas a única coisa que consegui foi poupar o mundo das minhas idéias.
Deixei para alguém o papel de fazer a diferença e me arrependi por não poder voltar para dizer para aquele alguém que eu estava alí enquanto tudo acontecia, dizer que algo em mim poderia mudar tudo.