sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain.

Uma excelente cena de um excelente filme para uma vida inteira.

Acredito que essa seja a minha cena favorita do filme que é a minha principal fonte de inspiração para a maioria dos textos que escrevo aqui. Com uma trilha sonora original e fantástica, do compositor e maestro Yann Tiersen, este filme se torna uma obra de arte completa em som, imagem e história. Filme que recomendo à todos, filme que recomento à vida.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Manifesto Sobre a Vida.

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A nossa vida é uma coisa sem pé nem cabeça, complexa e paradoxal que tem um sentido desconhecido, a gente não sabe se ela segue em frente, se ela percorre curvas ou se é retrógrada, insistindo em parar ou viver de novo aquele momento que já se foi, é um destino cego que somos forçados a seguir. A gente tenta atribuir significados a ela, a gente pensa que sabe tudo e quando vem aqui tentar descrever o que é a vida, fica tudo assim, sem pé nem cabeça. Tudo isso porque a vida é um fenômeno impossível de ser explicado, de ser compreendido, de ser vivido intensamente. Sempre vai restar uma pontinha que não foi intensa o suficiente para nos fazer pensar que fomos incapazes naquela hora. Independente de saber o que é de verdade a vida, eu sei que eu devo vive-la e ama-la todo segundo. Amar a mim, amar a ela, amar a ti, amar a quem faz dela essa confusão, quem me faz perceber que eu poderia ter vivido muito mais aquele momento. Sem essas pessoas eu nunca saberia o que é bom de verdade e apesar de achar que poderia ser melhor, só em ter sido ao lado das melhores pessoas eu já me sinto completo e capaz de seguir em frente nessa aventura pelo desconhecido. Eu as amo. As amo pela eternidade, pelo infinito, já que desconheço quando tudo começou, e desconheço quando tudo vai acabar... isso é eterno. Irmãos, Parceiros, Amigos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quem é Ela de verdade?

Ela compra livros que não ler. Ouve o alternativo quando por fim ela não alterna nada. Se veste diferente quando na verdade ela é igual. Fala como se soubesse as coisas mas na verdade não sabe nada. Encanta com esta superficialidade. Torna difícil distinguir o que é e o que parece ser… Confunde tudo em mim, dos instintos ao coração, levou paixão e conturbou minha alma. Me apaixonei por um corpo forjado, por um ser irreconhecível por baixo de tanta vaidade. Uma formação contemporânea de uma tendência que se renova para o trágico. A perca de sua personalidade resultou na perca do meu encanto. Hoje me sinto igual a ti, eu distribuo sorrisos e escondo lágrimas, grito um eu que não sou, só que diferente de ti, não vivo só da minha vaidade, vivo do meu orgulho, pois me sinto humilhado por ter acreditado nesta farsa. Fui ingênuo comigo mesmo, acreditei que pudesse existir alguém tão perfeito e diferente de todos os outros, mas na verdade era tudo falso… meus olhos encheram meu coração de falsas impressões, e hoje nada me impressiona em alguém que por debaixo de tantas mascaras ainda se mostra falso à sua própria alma.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ingênuo, Compreensivo, Fraco.

Estou em um labirinto. Passeio pelos corredores de mim, vestido com o nu da alma, com a ingenuidade de uma criança, sem armas, sem voz, sem argumentos. Meus gestos não parecem corresponder as minhas vontades e eu mergulho cada vez mais fundo neste labirinto. Vejo portas e mais portas, corredores e paredes, imensos obstáculos que não me levam a canto algum. Por todos os caminhos que vaguei o mais simples me levou ao nada, o justo local onde eu queria chegar. Um vazio, um espaço feito para eu preencher, para eu substituir a agonia dos corredores pela satisfação de decorar a verdade. Em cada uma das quatro paredes eu penduro um quadro, todos aparentemente felizes, quadros esculpidos em carne, que ainda viva se movimenta e grita, me chamam pro fantástico. Já fantasiei tanto a verdade que o fantástico me parece prático. Borboletas amedrontam pela sua simplicidade e pelo seu mistério, enfeitam também, são fantásticas. Mas quer saber? Não sei. Saí da agonia, maquiei toda a verdade, interpretei-a de maneira que eu pudesse me sentir satisfeito, agora fantasiar em cima do erro o acerto para forjar a felicidade, me desculpe, prefiro a agonia de um ingênuo que a felicidade de um fraco.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A verdade sobre a saudade.

A verdade é que não existe sentimento melhor que a saudade. Ela amadurece qualquer sentimento, nos ensina muito sobre qualquer pessoa. Nos instiga a pensar, a lembrar, a juntar peças de um quebra-cabeças, a sofrer com a ausência, a questionar se devemos realmente sofrer com esta falta. Quanto mais cruel a morte da saudade, mais sentimentos verdadeiros é o que há. Um abraço apertado de quebrar as costelas, um beijo de tirar o fôlego, ou para os tímidos resta um oi frio, seguido de mil pensamentos arrependidos que terminam com um abraço leve mas bem mais verdadeiro, com um cochichar no ouvido declarando serenamente o que mais lhe fazia falta. Se por acaso derramar lágrimas, é violento a ti, e se provocar lágrimas no outro é uma duplo homicídio. O luto que segue à frente não é o das vítimas e sim o do acusado. Luto à tão merecida saudade que me fez perceber que o amor realmente existe e que sem você não se pode viver feliz.

Constantemente o mesmo inconstante.

Eu não sou sempre o mesmo
O mesmo sempre, eu nunca sou.
Na hora errada insisto que é o dia
De acordar para vida àquela hora.
Difícil saber o que é que é vida,
Se o homem que sou eu diz que não chora.
Se não sou eu o mesmo a cada dia,
Quem dera eu ser o mesmo toda hora.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Para não perder o hábito.

Faz um tempo que não posto nada, não que eu não tenha escrito algo, é que não estou com tantas condições de está corrigindo e procurando erros nos meus textos para não transparecer a minha falta de talento.
Mas como sei que algumas pessoas ainda leem o que escrevo, vou postar dois pequenos textos, brutos ainda, que acabei de fazer. Espero que gostem.

Texto sobre a amizade:

Eu procuro em minha mente uma maneira de traduzir o que é um Amigo. É uma palavra que sem dúvida alguma deve-se começar com uma letra maiúscula. É uma coisa própria e que não há explicação alguma para a confiança que depositamos nessa pessoa. É uma criatura divina, que se torna o ombro, a força, a base de todo o nosso emocional. É aquela mão que se estende na névoa e que te puxa para o penhasco claro à te jogar em um voo livre pelo universo da cumplicidade e, em alguns casos, da fraternidade. Quem tem amigos, tem irmãos, quem tem irmãos, tem amigos... não consigo separar um do outro. Independente do dicionário e do nosso sangue, irmão e amigo são seres que coexistem em cada um de nós, resta nós acharmos juntos à Deus aquele se que faz irmão, por que para ele, somos todos irmãos e aptos a sermos amigos.

Texto sobre a Inconformação do Fim do Amor:
Não quero me humilhar diante do eterno, acabou o que é para sempre. Amor virou semente, leve, livre, que o vento carrega até as margens da vida. Árvores prósperam amores que se eternizam e que se acabam, que seguem sempre o mesmo ciclo. Permaneço de joelhos diante do eterno acabado, diante do desconfortável, do incoformável, do impreenchível. Só espero que um dia o eterno seja para sempre, que o fim não seja "o fim", que sempre seja o começo ou o eterno um sempre meio, um meio de sempre está junto a ti. Não quero que eu precise sempre repetir, que eu sempre precise falar, que eu só precise agir, que eu só precise achar, uma maneira de seguir, só para poder sentir o melhor jeito para amar, aquela mulher, que ao fim, me fez e eternamente sempre, e sempre me fará chorar.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Cotidiano.

Se hoje foi o dia mais belo, por que eu não ouvi os pássaros cantarolarem à janela ao invés de ouvir o chato despertador à me acordar? Talvez devesse ter chovido, para o húmido frio ter encoberto o lençol e ter me oferecido aquele conforto que todos gostam nos dias de chuva... o ônibus não deveria ter atrasado nem o dinheiro faltado, e aquele lanche deveria ter sido do jeitinho que eu gosto. A professora bem que poderia ter faltado, e os colegas chatos deveriam ter se atrasado. O sol deveria ter dado um tempo ao meio dia, assim eu não chegaria tão suado em casa, o cachorro não deveria ter mijado no meu quarto, e o almoço era pra está pronto... O sono deveria ter chegado logo e o computador deveria ter se apressado, eu sempre tenho que esperar por ele... CARALHO, QUE DIA!

Que vida imperfeita, cheia de defeitos. Eu tive mil motivos pra chorar, mas se juntar tudo, eu só tive motivos para sorrir e agradecer à Deus.

Tenho um cachorro que me acorda todas as manhãs latindo, me irritando, mas me amando, me defendendo contra as garras dos invasores de quartos. Tenho um despertador que não me deixa dormir demais, para não perder um segundo da vida, mas que vida... Tenho algo para comer todas as manhãs, não é quentinho nem de lamber os dedos, mas é o suficiente para me deixar disposto para enfrentar o dia. Se o dinheiro faltou no ônibus, é porque eu não soube administrar aquilo que meu pai me deu, que por sinal é mais do que eu preciso. A professora foi, bem, isso é legal, eu um dia vou ser um profissional. Os colegas chatos? Sempre tive a Letícia, o Kerginaldo, a Larissa, o Régis e alguns outros menos importantes que animavam e me ajudavam a superar, com risos, os idiotas que compartilhavam o mesmo espaço que o meu. Saia correndo, louco por um sono, o ônibus demorava, e eu na companhia dos bons colegas nem reclamava do calor escaldante e dos anos que passávamos esperando o ônibus que me levaria de volta pra casa.

Cheguei em casa, comida atrasava mas era novinha, não era imperial, mas era real. Me satisfazia muito, até demais, me dava um sono... Mas eu insistia em ir para o computador, enfrenta-lo, insistir em uma resposta rápida, mas o estresse subia e eu perdia o sono, a falta de paciência me imputava... mas normal, não é? Quem me mandou querer abraçar tudo de uma vez?

O resto do dia era chato, eu, o computador, o cachorro, a televisão, a saudade, os pensamentos distantes, os próximos... Mas sempre tinha o Caio, um amigo não muito bonito mas talvez o melhor que eu tenho, que sempre aparecia para conversar, ouvir minhas loucuras, jogar alguma coisa, ou  então ele dava o toque no começo da noite para sairmos para comer o velho e bom pastel... que mesmo estando dentro da rotina, sempre servia para quebra-lá. Valeu aí Zé, você não sabe o quanto me adiantou as vezes que você aparecia.

Voltava para casa ainda disposto, voltava o tédio, os pensamentos chatos, que me deixavam triste, muitas vezes amargurado, mas logo após todos este pensamentos, eu via que eu era feliz. Que eu tinha muito mais que agradecer que simplesmente reclamar.

Tenho uma família um pouco ausente, mas talvez por opção minha mesmo. Tenho uma faculdade, que, atualmente, apesar de não está levando como deveria, deverei gostar muito. Tenho os melhores amigos, que particularmente, são realmente os melhores de todos. Tenho confidentes como a Andreza, a Carol, a Helena, o Jerfson, e alguns outros,  que não são necessariamente os melhores amigos, mas sabem muito de mim e me ajudam a tirar todas as idéias loucas que eu tenhive. Tenho meu Deus, que está sempre comigo a qual eu devo eternamente agradecer por tudo que eu disse aqui e por muito mais.

Bem, esse foi basicamente os meus dias no primeiro e segundo semestre de 2009, 2010 começou faz mais de um mês e eu ainda não tenho rotina, nada para reclamar, nem essas coisas. Não está melhor que 2009 não. Então é isso... Esperar para ver o que este ano me dirá.