Mulher.

Eu vejo um amor em cada olhar, eu sinto uma paixão em cada beijo. Impossível saber se sinto uma ideia ou idealizo um sentimento. Considero-me um ser multiapaixonado, incapaz de distinguir o que é atração e paixão, são todas excepcionais, perfeitas, são todas mulheres que com suas peculiaridades transpiram charme e transmitem beleza. São loiras, morenas, ruivas, multicoloridas, são magras, gordas, atléticas, são fontes ambulantes da mais pura beleza existente no mundo. Frascos que possuem a mais pura essência da vida, capazes de gerar em seu ventre um ser que é imagem e semelhança de seus ascendentes. Vinculo inconfundível entre duas pessoas, inegável, infinito.

 

Eu admiro o que chamamos sexo frágil, pois não há fragilidade na hora de amar o próximo, de se doar por inteiro à uma causa, de ser capaz de transmitir o amor de maneira decifrável, com cuidado, esforço e orgulho, para que não notemos que suas mãos estavam onde achávamos que não precisaríamos de ajuda. Mulher é cuidado, é respeito, é dedicação, é amor, fonte inesgotável de fé, de apego ao divino, é a capacidade de perdoar diante do erro imperdoável, de amar perante o ódio. Só a mulher possui o dom de filtrar os males e aproveitar o bem que há em cada uma das pessoas, só a mulher é essencialmente mãe. E diferente de nós, que não basta sentir para entender, basta que haja apenas amor para vermos nos olhos de uma mulher o mais puro cuidado entre duas pessoas, mesmo que o sentimento não seja reciproco.

Instinto Não Correspondido.

É tudo muito indescritível. Meus olhos refletem um brilho inexistente, meu corpo aquece a espantar o frio que dominava minha quietude. Os braços tremem, comprovando a fraqueza da carne perante as batidas aceleradas do meu coração, provocando um terremoto em meus reflexos, me deixando tremulo e me levando para um estado completamente irracional. O arrepio é a prova que tudo não passa de instinto, pois, sem querer, me apaixonei, e, sem querer, não te esqueci. É meu instinto te amar, meu coração te quer. Alguém me diz o que eu faço perante a dor de segurar o ‘eu’ pelo peito, pois meu grande amor não me aceita, não me quer, não me ama.