sexta-feira, 18 de março de 2011

Loucura De Um Mundo Moderno.

Nunca sonhei com liberdade, com perspectivas de um futuro melhor ou com uma ideia universal. Sonhei com ilusões que hoje são tão reais perto de tudo isso que ainda não sonhei. Difícil sermos livres para expressarmos falsas perspectivas de um futuro tão incerto e repleto de ‘se’ e ‘talvez’. Neste mundo nós somos todos sobreviventes, vivemos falsas vidas, somos androides sentimentais, somos ideias de outra pessoas, projetos de outros, somos testados e a maioria planeja, traceja, pensa em uma maneira de nos atingir, atingir a centenas, a milhares, a milhões de pessoas que são tão cabeças aberta que se deixam convencer por pouco e por mal, somos o alvo final de uma guerra sem ideal, com anseios e falsos alvos – mas já não adianta tanto porque já fomos atingidos e perdemos parcialmente esta batalha. A questão agora é ‘O Quanto vale o nosso sonho?’ . Vale uma ideia introduzida pela televisão, pela internet, pelo jornal, pelo rádio, pela propaganda ou por um livro barato? Não procuro seguidores de ideias, procuro formadores de opiniões, lapidadores de contextos, procuro o futuro que eu sonho para a minha nação, a nação de pessoas realmente humanas da Terra, procuro a verdade, única, que somente você pode produzir e guardar para si, sem que ninguém intervenha no que diz respeito àquilo que é a sua verdade, o que você chama de eu. ‘Siga sozinho, com seus pés, tire o tênis, as meias, descalços sentimos com maior firmeza esse chão.’

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Bom.

Quem é bom não dorme de olhos fechados, não dá as costas ou se sente ameaçado. Quem é bom pula, se envolve e se liberta... quem é bom vive a vida medíocre, inconformado, mas sem reclamar. Quem é bom não erra de bobeira nem tem vergonha de ter errado, quem é bom assume um vacilo e tenta de novo, quem é bom não desiste e tenta até acertar. Quem é bom corre descalços na brasa e não sente dor, quem é bom esquece que vive problemas e passa a aproveitar da vida somente o que ela tem de bom!

terça-feira, 1 de março de 2011

Falsa Vitória.

Entre linhas te vejo, aqui neste lugar, em um quarto escuro que me deito todas as noites. Sinto teu toque perfeito em minha nuca, o teu abraço sobre o lençol de seda que me cobre, teu corpo nu que me queima por dentro. De olhos fechados sinto teu beijo, teu gosto, sinto o hortelã que me refresca alma a dentro. Não sinto saudade, não me recordo, não te vejo, te vi vagando serena nos corredores, em sonhos profundos e comprometedores. Tua presença me admite o pecado de sentir na carne a sensação de te consumir em alguns instantes de pensamento. Como um vencedor, mesmo que de mim, te ganho e me banho na espuma de um champanhe, subo ao único lugar deste pódio, que ao mesmo tempo que me torna campeão, me apresenta a mais pura derrota. O arregalar dos meus olhos me traz novamente a certeza da solidão, do fracasso, da necessidade do intermédio da mente para chegar em ti, da dependência da imaginação para tornar perfeito o momento ideal, da pureza para chegar ao pecado, da ingênua sensação de alcançar um sonho sem precisar sonhar, apenas fechando os olhos e imaginando...