quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quem é Ela de verdade?

Ela compra livros que não ler. Ouve o alternativo quando por fim ela não alterna nada. Se veste diferente quando na verdade ela é igual. Fala como se soubesse as coisas mas na verdade não sabe nada. Encanta com esta superficialidade. Torna difícil distinguir o que é e o que parece ser… Confunde tudo em mim, dos instintos ao coração, levou paixão e conturbou minha alma. Me apaixonei por um corpo forjado, por um ser irreconhecível por baixo de tanta vaidade. Uma formação contemporânea de uma tendência que se renova para o trágico. A perca de sua personalidade resultou na perca do meu encanto. Hoje me sinto igual a ti, eu distribuo sorrisos e escondo lágrimas, grito um eu que não sou, só que diferente de ti, não vivo só da minha vaidade, vivo do meu orgulho, pois me sinto humilhado por ter acreditado nesta farsa. Fui ingênuo comigo mesmo, acreditei que pudesse existir alguém tão perfeito e diferente de todos os outros, mas na verdade era tudo falso… meus olhos encheram meu coração de falsas impressões, e hoje nada me impressiona em alguém que por debaixo de tantas mascaras ainda se mostra falso à sua própria alma.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ingênuo, Compreensivo, Fraco.

Estou em um labirinto. Passeio pelos corredores de mim, vestido com o nu da alma, com a ingenuidade de uma criança, sem armas, sem voz, sem argumentos. Meus gestos não parecem corresponder as minhas vontades e eu mergulho cada vez mais fundo neste labirinto. Vejo portas e mais portas, corredores e paredes, imensos obstáculos que não me levam a canto algum. Por todos os caminhos que vaguei o mais simples me levou ao nada, o justo local onde eu queria chegar. Um vazio, um espaço feito para eu preencher, para eu substituir a agonia dos corredores pela satisfação de decorar a verdade. Em cada uma das quatro paredes eu penduro um quadro, todos aparentemente felizes, quadros esculpidos em carne, que ainda viva se movimenta e grita, me chamam pro fantástico. Já fantasiei tanto a verdade que o fantástico me parece prático. Borboletas amedrontam pela sua simplicidade e pelo seu mistério, enfeitam também, são fantásticas. Mas quer saber? Não sei. Saí da agonia, maquiei toda a verdade, interpretei-a de maneira que eu pudesse me sentir satisfeito, agora fantasiar em cima do erro o acerto para forjar a felicidade, me desculpe, prefiro a agonia de um ingênuo que a felicidade de um fraco.