Carne… Liberdade…

É a vontade de rir,
De me mostrar feliz,
Banhado em toda tristeza.

Uma personalidade forjada,
Uma mascara mal acabada,
A falta de vergonha,
A perfeição de um sentimento.

Corremos cantando versos feitos,
Com os braços pro alto,
Molhados na chuva, no suor,
Sem o menor cansaço.

É uma força,
Uma energia,
Milhares de sons,
Uma única sintonia,

Não é um natal,
É nosso presente,
É o meu carnaval.

Saudade.

Sou dependente de ti,
Nos dias mais frios,
Nas noites mais quentes,
Nas comédias esquecíveis,
Nas tragédias inesquecíveis,
Em todas as minhas contradições,
Em todas as minhas emoções.
Não consigo viver longe de ti.

- Mas quem tu és que não aparece?
- Existe alguém por trás de um lugar?
- Ou será um lugar por trás de alguém?

Não tenho respostas para tudo,
mas tenho ciência do que amo: minha terra.

Sou? Sou. Sou! Soul.

Sou sim, aquele tipinho estranho, indefinido, que desperta aquela curiosidade, que recebe um olhar atravessado de trincar os dentes. Sem saber onde colocar as mãos, recolho-me no meu humilde cantinho e calado fico...
Não sou um peso a mais em suas costas, não sou um ruido na sua música, não sou mais um para comer do seu pão. Sou mais um... apenas mais um a pensar comigo mesmo: quem sou eu? Se sei quem sou, não me conformo, se não sei, é porque peguei o caminho errado.

Saudade.

Somos por um momento,
Sou, quando eu lamento.
Sentir saudade é o meu destino.

O tempo nos perseguiu,
Nos achou, nos puniu.

Não somos,
Não seremos.
Cresceremos.

Quando notarmos,
Muito terá mudado,
Você terá crescido,
E o que tinha restado,
Deverá ter desaparecido.

Me desculpe por não deixar completo,
Eu ficarei assim quando não estiver por perto.