quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mais Poemas

Gente, to viciado nisso, não paro de forma alguma, e olha que a maioria é podre.

Chá de tomate.

Tomate com Chá Mate
Mate Chá com Tomate
Tema Totema com Chá
Mocatem Com Temachato


O Mundo.

O mundo é redondo,
Achatado nos pólos,
É molhado de água salgada.
Mas na verdade ele é quadrado,
Pontudo no norte,
E ferve nos médios unidos.


A cor da dor.

São cores,
São tudo cores,
Não passa de cores as suas dores.
Você vê as cores das suas dores.
Qual a cor da sua dor?
Minha querida Dolores.


Sapo amarelo.

Eu vi um sapo amarelo,
Pensei que fosse ouro,
Mas era manteiga sem sal.
Pulou na água e nadou,
Mas não afundou,
Flutuou e virou ilusão,
Pobre sapo que morreu,
Sem nunca ter existido.


Sangue pobre.

Eu sangro,
Meu sangue escorre pelos córregos,
Sangra na periferia,
Logo não sinto dor.


Meu Brilhantismo.

Sou brilhante,
Brilho sem ter luz.
Sou brilhante,
Descobri um meio de brilhar.
Sou brilhante,
Digo que brilho.
Sou brilhante.


A Culpa.

A chuva não mais refresca o homem,
O homem finge que não sabe,
Ele tenta se enganar.
Se sente culpado,
Mas não se culpa,
Sente gastura da reflexão,
Mas é só raiar a desilusão que ele volta,
Volta a culpar aquele que desmerece.


Chorar para salvar.

Não agüento mais chorar por nada,
Tanta coisa merece minha atenção,
E eu só lamento as perdas.
Há um mundo para ser salvo,
Não há heróis.
Há fome, há guerra, há trevas.
A impunidade puni os desacreditados que escolhem seu destino.
Mas sem chorar, eu não me salvo.


A fase de saber.

O homem é a fase da terra.
Nasce da água, não sabe nada.
Cresce aprendendo, acha que sabe.
Infância brincando, acha que pode.
Cresce aprendendo, acha que sabe.
Adolescência beijando, acha que é tudo.
Cresce aprendendo, acha que sabe.
Adulto traindo, acha que é dono.
Cresce aprendendo, acha que sabe.
Velho reclama, acha que serve.
Morre aprendendo, acha que sabe.
Mas quem muito sabe, sabe que não sabe nada.
Saber traz incertezas.



Banda do mundo.
Banda se apresenta hoje:
No vocal: Mudo
Na guitarra: Surdo
No sax: Asmático
Na Bateria: Cego
Single: Não me falta nada.


As Bolinhas.

Vejo Bolinhas saltitantes,
São meigas e gentis.
Me apaixonei por uma,
A mais redonda de todas.
Elas escorregam em um arco-íris,
Agora são coloridas.
Embaçadas.
Transparentes.
Sol.


Meu Sono.

Não durma,
Dormir da sono,
Sono me faz dormir.
Se sonhar é bom,
Melhor ainda é realizar.
- Realizar com sono não dá


Animal Irracional.

Não penso,
Sou irracional.
Sou um animal.
Sou o que dizem.
Esqueci quem sou.
Perdi o raciocínio.


O drama das ovelhas.

Uma ovelhinha,
Algodão doce e uma criança.
Duas ovelhinhas,
Chocolate e uma mocinha.
Três ovelhinhas,
Desenho e um menino.
Quatro ovelhinhas,
Homem e uma arma.
Cinco ovelhinhas,
Mulher e um banquete.


Não se pode sem ser podido.

Pra que poder?
O poder te consome, te subordina.
Te transtorna, te transforma.
Te esquece, te entorpece.
Te odeia, te possui.
De que vale poder tudo,
mas ninguém poder amar você?


Cores.

Vermelho
Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Roxo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Rascunhos Publicados

1º post real de 2008, e eu não estou com muito saco agora pra dar algumas considerações e o que eu pretendo para este ano, mas muito em breve vou fazer um post com algumas palavras de 2007 e para 2008.
Vou postar agora alguns poemas "tristes" que fiz na ultima aula de matemática hoje (11/02/2008).


Gozo da Majestade
Sabão com cheiro de feijão,
É insuportavel o seu cheiro,
É gostoso o seu aroma,
Se tu não quiseres usar,
Vá comer bombom de juá.

Tem leite na garrafa,
Tem também na mamadeira
Se não quiser se lambusar
Vem pegar sua chupeta.

Puxa aqui,
Empurra lá,
Aperta aqui,
E é só gozar.



Gosto da Vaidade

Batom no minisystem,
Canga no bumbum,
Fubá no piqui,
Abacaxi pra cantá,
Desculpa aí, não vou vaiá,
O bicho fino, há de balançar.



Efeito Colateral
Batatas fritam,
A Coca-Cola no meu estômago,
O hamburguer me conserva,
O sorvete me faz gozar,
A minha saúde vai,
Eu vou,
Não vou voltar.


Sangue Desbotado

Sangue de cavalo derramado no estabulo
Mas o que eu tenho a ver é pouco
É vermleho, molhado e frio
O estabulo sombrio, cavalos relincham
Retos correm e completam a sinfonia
Nata tem sintonia
Cabeça do Orvalho transparece o vermelho
Gota à gota desbotam a lembrança
Os grilos que não grilavam desapareciam
Trovoadas despertam o cavalo que me desperta.