quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fim do Poço.

No fundo do poço, como se sentes?

Teus pés sempre molhados, a falta de colo, o frio na pele, o frio na alma... um feixe de luz que não te alcança, um feixe apenas para te dar a ciência da vida e da escuridão em que te metestes.

Qual o teu poço? por que caminhas em seu parapeito?
Te arriscas demais diante de todas as certezas, ignorastes todas as nuvens e raios que te perseguem desde o horizonte. Se estas sozinho, te sinta sozinho, te disperse em toda esta água pois lágrimas e água coexistem em toda essa triste escuridão.

Sua pele enrugada ressalta toda a poesia que rodeia este momento. Talvez se  tivesses dado ouvidos a todas as vozes algum ouvido ouviria seus lamentos desesperados. Talvez se tivesses seguido a luz, ela não te desprezaria tanto...

Somente as nuvens e raios podem te tirar deste fundo de poço, mas você não sobreviveria, se afogaria em teu próprio sofrimento e sua alma arrogante não suportaria ter que pedir perdão à todas aquelas vozes.

E agora? O que será de ti? Será o teu fim.