sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Crise, Crise.

Não estou com depressão nem quero me matar… esse foi um momento de pura insanidade mental. Obrigado!

O sol se move por trás dos imensos monstros de concreto. Escurece, esfria o já frio e escuro da nossa mente. O chegar da noite nos ignora, tudo simplesmente enegrece. O tique-taque do relógio consome a sala, percorre o corredor, atravessa a porta e penetra em meus ouvidos a ser absorvido pelo meu inconsciente. Minhas mãos tremulas, a segurar o lençol que me envolve no intuito de me dar segurança e me proteger do frio, permanecem estáticas a esperar que algo aconteça. O barulho da rua é o que me dá certeza de que ainda estou vivo, mas essa vida não existe, não vivo ela. Minha vida pertence a alguém que não sou eu. Não sei porque que ainda vivo dia após dia, não tenho ninguém e ninguém me tem. Estou simplesmente sozinho, no escuro, com o tique-taque ensurdecedor de um relógio que só conta os segundos que me falta. E se algo me acontecer, ninguem saberá, ninguém notará. Não tenho significado fora de um dicionário, não chego a ser mais um, não sou nada.