terça-feira, 3 de maio de 2011

A História de Joãozinho.

Eu gostaria de falar, para vocês, de um amigo meu. O Joãozinho… bem, ele é gente boa e tudo mais, mas como a maioria de nós, ele é humano e vocês estão carecas de saber que errar é uma proeza exclusiva dos humanos, mas repetir o erro não fica nem para camundongo.

solidao

Pois é, meu amigo é do tipo ‘nem para camundongo’. Ele vacila muito, é inconsequente, cara de pau e tem uma lista de defeitos que se não fosse pela lista de qualidades aliada ao meu bem querer a ele, ele estaria lascado, mas vamos ao fato.

Conheço Joãozinho desde quando éramos criança, estudamos juntos, crescemos juntos, vivenciamos uma infância, uma adolescência, toda a nossa vida juntos. Em fim, Joãozinho, sem dúvida alguma, sempre foi um grande amigo meu, ocupava sempre foi um dos meus melhores amigos. Mas o tempo, a falta de crescimento e amadurecimento desgastaram tudo isso que a gente vivenciou. Eu sempre notei esse seu defeito, o da ‘inveja’ ocultada, o da ‘fofoca’ e da ‘maldade’ mesmo, mas eu nunca pensei, na posição de amigo, que isso fosse se voltar para mim. Joãozinho passou a ter conflitos de personalidade, não sabia mais onde se posicionar, passava a querer agradar a todos, a se tornar o melhor amigo de todos que ele queria, queria ser quem não era, talvez um cara ‘cult’, já que era assim que ele chamava quem entendia de filmes sem nexo e de livros mais vendidos. Joãozinho acabou como seus livros, vendido, e o pior, eu assisti nele uma história sem nexo. Seu inglês era puramente digno de um curioso, a cara do tradutor, suas conversas eram engraçadas, não combinavam em nada com sua personalidade, seu dinheiro me cobria o pescoço, mas apenas nas conversas, sua riqueza era suja e sua fortuna era outra. Europa, Estados Unidos e Ásia, falava como se fosse frequente a sua estadia nestes países, mas era isso que ele queria, aparentar. Onde está Joãozinho? Se perdeu em tanta informação, na vida de tantas pessoas que ele nunca poderá ser… Joãozinho não se conforma, mas ele não será quem quer. Primeiro eu digo que sem lutar, sem partir, ninguém chega a canto nenhum, e querer ser outra pessoa nunca deixará ninguém satisfeito, devemos nos conformar com nossas realidades e a partir da conformação começarmos a mudar. O Joãozinho, para agradar aqueles poucos ricos de orgulho e de arrogância, me desafiou com suas mentiras. Eu tive quem acreditasse em mim, eu tive quem duvidasse também, eu assumo, mas Joãozinho não teve quem acreditasse, só teve quem duvidasse, e assim ele vai levar sua vida além deste fato… Como Joãozinho me perdeu ele já perdeu outros e perderá mais. Joãozinho precisa saber quem é, precisa fazer algo, precisa achar a sua personalidade que está perdida em tanta ideia forjada dentro de uma mente vazia. Joãozinho, te amo, tu é meu amigo, mas muda… seus olhos já não veem a verdade que você tanto procura, a mentira enche sua boca, suas unhas estão cravadas nas costas de muitos que você usou. Joãozinho, ninguém precisa perder os olhos para querer enxergar, não adianta agora querer ver tudo sem abrir o coração para o que há de bom, a palavra de Deus não é só palavra, é uma corrente que só atravessa àqueles corações que seus ensinamentos seguir, sem que para isso seja preciso ser dita uma palavra. Joãozinho, eu entendo que você queira enxergar mais do que nunca o mundo que você vive, se você procurou motivos, você achou, mas não foram bons motivos, foram os motivos que você procurou, motivos suficientes para conquistar, depois de tantos anos, essa solidão que agora te torna amargo e fraco.