quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Jogo da Vida.

Escada01

Como muitos dizem, estou sofrendo. Sangro constantemente, magoado pelos meus pensamentos viajados, pensamentos cheio de probabilidades malucas que me atiram em uma depressão profunda e me afastam da felicidade. Minha triste loteria onde a probabilidade de ser feliz é praticamente inexistente, meu playground de amargura onde do meu lado da gangorra existe um abismo infinito que me afasta da realidade. Disperso em pensamentos distantes eu entro no jogo como um perdedor. Arrisco em cartas marcadas, aposto alto em números impossíveis, movimento peças para emboscadas, confiei em jogadores nulos. Feliz, eu? Pode apostar que não…

Não sou ruim no jogo, aprendi como se joga e resolvi ganhar no ultimo segundo. O abismo que me tornava aflito me fez usar a cabeça para coisas produtivas e coerentes. Aprendi a usar o sofrimento, mudei o significado dos meus problemas para motivos, e impulsionado por toda uma situação, eu cresci de maneira que o infinito virou o chão que apoiou meus pés, o parapeito me ajudou a reerguer quem sou e me fez perceber que tudo que eu passei se tornou minúsculo perto de quem me tornei. O jogo não acabou, a aposta eu não perdi. Estou anos luz de uma próxima alma, então saber quem ganhou ninguém saberá, quero distancia de quem ousou apostar contra aquele que se manteve transparente no decorrer do caminho. Quem não sabe competir só pensa em afundar quem está ‘ganhando’ um jogo onde, a principio, um só jogava, mas o jogo vira e quem trapaceia serve de degrau para o topo de um pódio que não tem quem ganhe ou quem perca, mas tem quem permaneça limpo e honesto até o juiz determinar o fim de mais uma partida.

Não sei se muito atrás ou muito na frente, na verdade, nem importa, o que mais quero é distancia daqueles jogadores que só pensam na vida como um jogo, que só querem ganhar quando todos nós seremos premiados com um só destino.